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- O DRAMATURGO | Angelo Machado
O Dramaturgo Durante seu curso médico, Angelo, junto com seu grande amigo Jota Dangelo, deu vida ao Show Medicina. O espetáculo criado em 1954 existe até hoje. Um espetáculo de humor onde os alunos de medicina satirizavam sua vida universitária, seus professores e a vida do pais. Grandes peças de humor refinado foram construídas naquela época e várias delas estão retratadas no livro “O humor do show medicina”. Angelo dizia que aprendeu tudo de teatro com o amigo Jota Dângelo e sua esposa Mariamelia. A capacidade imaginativa de Angelo nunca parou. Depois de se tornar escritor, teve um primeiro desafio. Transformar seu grande sucesso “O menino e o rio” numa peça de teatro. O sucesso com os livros fez com que muitos foram adaptados por ele mesmo para o teatro, fazendo dele um dos maiores dramaturgos da história de Minas Gerais. Assim, tivemos a transformação em peça de “Chapeuzinho Vermelho e o lobo guara”, “O casamento da ararinha azul”, “A patinha feia” e o “O rei careca”. Várias de suas peças figuraram entre as atrações da Campanha de Popularização de Teatro & Dança de Belo Horizonte. “O casamento da ararinha azul” virou também filme! Seu livro para adultos se transformou em sua peça de maior sucesso. “Como sobreviver em recepções e coquetéis com bufê escasso” ficou mais de uma década entrando e saindo de cartaz em Belo Horizonte e já esteve também no Rio. A parceria com o ator Carlos Nunes foi altamente sinérgica. Cerca de 200 mil pessoas assistiram à peça, considerada um dos maiores sucessos da história do teatro em Minas. Entre seus livros infantis encenados, três foram publicados também como teatro. Outra de suas peças para o público adulto foi a “Comédia dos defuntos sem cova”, que conta a história de um mendigo que morava em uma cova de um cemitério do Bonfim e recebe um amigo mendigo do Rio de Janeiro no feriado de Finados. A peça aborda questões como falta de moradia, desigualdade social e o capitalismo, discutidos com surrealismo numa situação cômica e instigante bem típica de Angelo. Sua alma sempre se inquietou com as iniquidades sociais.
- O PAI E AVÔ | Angelo Machado
O pai e avô A história que nosso pai mais gostava de contar... “Quando já era professor de anatomia veio uma aluna pedir para trabalhar comigo. Começamos a estudar juntos a pineal. Fomos notando que estávamos mais interessados um no outro do que na pineal. Fizemos um trabalho de namoro, um trabalho de noivado e trabalhos de casamento, que foram os quatro filhos. Quando alguém me pergunta, 'O que você descobriu de mais importante na ciência?', digo sempre, 'Foi a Conceição'".
- O NEUROCIENTISTA | Angelo Machado
O Neurocientista Angelo sempre gostou da natureza, principalmente de animais, e era extremamente curioso. Sua família, percebendo suas características de cientista nato, montou para ele no quintal um pequeno laboratório. Angelo também tinha autorização do pai para comprar todos os livros que quisesse. Começava, assim, uma carreira de amor a natureza e a ciência. Como adolescente, estagiou na Fundação Osvaldo Cruz, sob a orientação do famoso patologista Lobato Paraense, onde aprendeu técnicas histológicas e de microscopia conhecidas na época. Na hora de escolher sua profissão, em 1953, Angelo, já autor de algumas publicações científicas, conta que pensou em fazer história natural, mas esse curso não era bem sedimentado na época. Assim, optou por fazer medicina, já voltando seu interesse para a área das ciências básicas desde o início do curso. Descobriu sua nova paixão: a Anatomia, mais especificamente a Neuroanatomia. Não foi surpresa quando ao se formar optou por não seguir a carreira médica, mas sim se dedicar a nova paixão. Sua entrada na Universidade Federal de Minas Gerais, a UFMG, em 1959, a convite do professor Liberato João Afonso DiDio, fez com que Angelo começasse a lecionar Anatomia. Logo passou a Neuroanatomia, segundo ele, uma área ainda desconhecida que o levava diretamente à histologia, à célula. Foi graças ao seu brilhantismo que a Neuroanatomia na UFMG (e porque não dizer no Brasil) floresceu, pois ninguém queria ensiná-la e poucos queriam aprendê-la. Angelo criou uma disciplina separada e independente da Anatomia. Como não havia material didático adequado, passou a compilar materiais existentes em outros países para preparar suas aulas. Disso resultou uma serie de apostilas que, em 1974, se tornou o famoso “Neuroanatomia Funcional”, livro fundamental no ensino da Medicina e de diversas outras profissionais. Já como professor de Zoologia, resolveu revistar sua paixão e lançar uma edição revisada do livro, com ajuda de sua filha neurologista Lúcia Machado Haertel. Sua didática fenomenal, trazendo clareza para um assunto inóspito, fez com que muitos se apaixonassem pela Neuroanatomia e optassem por seguir esse ramo da ciência como profissão. Seu jeito brincalhão, mas responsável, de ensinar fez com que fosse inúmeras vezes homenageado pelos alunos de Medicina e de outros cursos. Sua contribuição à Medicina foi amplamente reconhecida: mesmo sem nunca ter exercido a profissão se tornou um imortal da Academia Mineira de Medicina. Junto a suas brilhantes atividades de ensino, Angelo contribuiu decisivamente para o crescimento da neurociência, por meio de suas linhas de pesquisa. Fundou o laboratório de Neurociências na UFMG e a sua primeira estagiária foi Conceição, sua aluna no curso de Medicina. Uma parceria que, além de render diversas publicações em revistas internacionais, resultou no amor eterno quando se casaram em 1964. Ambos fizeram pós-doutorado na Northwestern University em Chicago, onde aprenderam novas técnicas para o estudo do sistema nervoso, com ênfase na microscopia eletrônica. Quando retornaram ao Brasil, consolidaram o laboratório de Neurociências da UFMG e contribuíram para criar o Centro de Microscopia Eletrônica do Instituto de Ciências Biológicas. Os segredos dos tecidos do organismo, relevados por meio do estudo da histologia e da histoquimica, acompanharam o casal por décadas. Foram inúmeros seus trabalhos com mapeamento histoquímico, voltados para o entendimento do funcionamento do sistema nervoso, estudos de vias de transmissão neuronal e seus neurotransmissores. Foram pioneiros na diferenciação histoquímica entre neurônios serotoninérgicos e noradrenérgicos. Publicaram trabalhos sobre o ritmo circadiano de serotonina e histamina na pineal, inervação de glândulas salivares, lacrimal e tireoide. Outra contribuição inédita foram a identificação do conteúdo das vesículas sinápticas. Muitos dos seus trabalhos versaram sobre o envolvimento do sistema nervoso na doença de Chagas, doença que acometia, e acomete, tantos brasileiros. Ambos alcançaram o mais alto nível de pesquisador do CNPQ (1A) e tornaram-se membros da Academia Brasileira de Ciências, uma distinção reservada a intelectuais que prestaram significativa contribuição para o conhecimento científico. Publicaram em torno de 140 trabalhos inéditos na área de Neurociência em revistas internacionais, além de orientarem várias dissertações de mestrado e teses de doutorado, formando, assim, vários seguidores.
- Na mídia | Angelo Machado
https://revistapesquisa.fapesp.br/entre-livros-e-libelulas/ https://www.em.com.br/app/noticia/cultura/2020/04/07/interna_cultura,1136284/ciencia-arte-e-bom-humor-conheca-o-imenso-legado-de-angelo-machado.shtml https://ecoativos.org.br/biblioteca/como-recuperar-nascentes-e-matas-ciliares-um-pouco-da-historia-de-vida-de-angelo-machado/ https://g1.globo.com/mg/minas-gerais/noticia/2020/04/06/morre-o-professor-medico-e-escritor-angelo-machado-aos-85-anos.ghtml http://revistaecologico.com.br/sou-ecologico/angelo-machado-silencio-e-recado-na-natureza/ http://cienciaviva.org.br/index.php/2021/02/23/entre-libelulas-livros-e-familia-prof-angelo-machado-naturalista-de-nossos-tempos/ https://ipam.org.br/nota-de-pesar-morre-angelo-machado-cientista-que-tanto-fez-pela-biodiversidade/ https://crbio04.gov.br/noticias/prof-angelo-machado-e-retratado-em-curta-metragem/ https://cangurunews.com.br/livros-angelo-machado/ https://www.oeco.org.br/noticias/morre-o-entomologo-angelo-machado-aos-85-anos/ https://www.uai.com.br/app/noticia/e-mais/2020/04/06/noticia-e-mais,257314/morre-aos-85-o-professor-entomologo-e-escritor-angelo-machado.shtml https://www.scielo.br/j/anp/a/BkzDwYvgj3FGLJjvs3GNBzc/?lang=en https://academiamineiradeletras.org.br/sem-categoria/angelo-filme-documentario-com-direcao-de-mariana-machado-estreia-na-9a-edicao-da-mostra-ecofalante-de-cinema-inteiramente-online-e-gratuita-de-12-de-agosto-a-20-de-setembro-com-de-titulos-de-dive/ https://www.abneuro.org.br/post/morre-o-professor-entomologista-m%C3%A9dico-ambientalista-e-escritor-%C3%A2ngelo-machado-aos-85-anos https://ibram.org.br/noticia/o-brasil-perde-angelo-machado/ https://ufmg.br/comunicacao/noticias/morre-o-professor-entomologista-e-escritor-angelo-machado
- O ZOÓLOGO | Angelo Machado
O Zoólogo Embora seja muito conhecido como neurocientista, os insetos fizeram parte da vida de Angelo muito antes do primeiro cérebro. Conta ele que seu gosto pelas ciências foi despertado pelo professor catedrático da Faculdade de Medicina, Henrique Marques Lisboa, que gostava de visitar escolas para conversar sobre Biologia. Foi com ele o primeiro contato com a natureza, a mata e larvas de insetos, começando sua primeira coleção. Ainda um adolescente, Angelo também teve contato com o padre Francisco Pereira, colecionador de insetos. Padre Pereira foi um companheiro de expedições a Amazônia para coleta de espécimes, onde Angelo teve a oportunidade de conhecer também tribos indígenas, algo que sempre o marcou por toda a sua vida pessoal e de escritor. Com 16 anos, foi procurar por indicação de sua tia, Lúcia Machado de Almeida, o professor Newton Dias dos Santos para mostrar suas primeiras libélulas. O professor, um verdadeiro mestre, o desafiou a encontrar por ele mesmo os nomes científicos. Conta Angelo que se Newton tivesse dito a ele os nomes, até hoje ele teria cinco nomes. Como Newton era um mentor espetacular, Angelo colecionou libélulas pelo resto de sua vida. Esse exemplo influenciou sua vida de mentor, pois como mestre sempre procurou mostrar o caminho e não dar soluções prontas. As libélulas, segundo Angelo, são os animais mais bonitos do mundo. Seu primeiro artigo cientifico foi com libélulas e quando estava ainda no primeiro ano da Faculdade de Medicina publicou a descrição de uma espécie nova. Sempre afirmou que cursar medicina foi uma escolha motivada pelo curso de história natural na época não ter uma boa formação. Dizia que hoje teria cursado ciências biológicas e feito sua vida, desde o início, na entomologia. Durante sua vida como neurocientista Angelo mantinha seriamente o hobby: sua coleção de libélulas. Em 1987, ao se aposentar como professor titular no Departamento de Morfologia da UFMG, decidiu dar uma guinada na carreira e prestar concurso no Departamento de Zoologia, se tornando professor de Entomologia pelo resto de sua vida. Assim, sua paixão se torna sua profissão. Em 2005, após a segunda aposentadoria compulsória, recebeu o título de professor emérito. Afirmava que o título era muito importante pois permitira a ele continuar lecionando sobre libélulas na UFMG, a qual dedicou toda sua vida. Em sua carreira, descreveu mais de 98 espécies e 11 gêneros novos desses insetos. Foi homenageado com seu nome em 56 espécies de animais. Sua coleção, a maior particular da América Latina, foi doada em vida ao acervo da UFMG. O impacto de suas contribuições para a área foi reconhecido a receber o título de biólogo honorário, em 2017, conferido pelo Conselho Federal de Biologia.
- Prêmios e homenagens | Angelo Machado
Prêmios e homenagens Ângelo Machado recebeu, ao todo, mais de 70 prêmios, medalhas, homenagens e condecorações. Recebeu homenagens em todas as áreas de sua carreira: como professor, conservacionista ambiental, cientista, zoólogo e escritor. Nesta seção do site podemos ver essas homenagens organizadas por meio de uma linha temporal, com eventuais imagens para os prêmios mais relevantes. Dentre esses, alguns que se destacam são o Prêmio Jabuti por "O velho da montanha", publicado em 1993, o prêmio Henry Ford de Conservação Ambiental, o diploma da Ordem do Mérito Científico dado pela República Federativa do Brasil, o Prêmio Bom Exemplo na categoria Ciência e as cadeiras nas Academias Brasileira de Ciências, Mineira de Letras e Mineira de Medicina. Angelo também foi retratado em uma imensa homenagem feita por sua neta e cineasta Mariana Machado. A artista dirigiu e produziu um pequeno filme protagonizado por seu avô. para ver o teaser e mais informações. Clique aqui Prêmio Os melhores de 81 na área de Defesa do Meio Ambiente, Jornal Estado de Minas. Mérito de Proteção à Natureza, Governo do Estado de Minas Gerais. Homenagem dos formandos da turma de Medicina de jul/1985, UFMG Prêmio FUNDEP de Pesquisa, FUNDEP Homenagem dos formandos da turma de Ciências Biológicas de 1988, UFMG Homenagem da Rede de Ensino Municipal de Contagem Homenagem dos formandos da turma de Ciências Biológicas de dez/1991, UFMG Homenagem dos formandos da turma de Medicina de jul/1993, UFMG Medalha da Ordem do Mérito Legislativo Municipal no Grau de Mérito Especial, Câmara Municipal de Belo Horizonte Prêmio Adolfo Aisen de Literatura Infantil - pelo livro Chapeuzinho Vermelho e o Lobo Guará, União Brasileira de Escritores. Melhores de Hoje edição 2000 Biodiversitas - Série Meio ambiente, Jornal Hoje em dia Prêmio SATED de maior bilheteria do teatro mineiro com a comédia “Como sobreviver em festas com bufê escasso”, em parceria com o ator Carlos Nunes Medalha do Mérito da Saúde pelos serviços prestados à saúde de Minas Gerais Certificados de Altamente Recomendáveis concedidos pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil aos livros “O Tesouro do Quilombo” e “O dilema do bicho pau”, Fundação Nacional do Livro Homenagem do COPAN - Conselho Estadual de Política Ambiental, oferecido pelo Governador do Estado de Minas Gerais, Aécio Neves Medalha da Inconfidência, Governo de Minas Gerais Homenagem Especial da 2° Jornada Acadêmica de Anatomia Aplicada Homenagem da Sociedade Brasileira de Neurologia, XII Congresso Brasileiro de Atualização em Neurocirurgia 1982 1987 1985 1988 1991 1993 1994 1995 1989 1990 2000 2001 2002 2003 2005 Homenagem dos formandos da turma de Medicina de jul/1983 por ocasião de seu jubileu de prata, UFMG Paraninfo dos formandos da turma de Medicina de 1985, UFMG Homenagem dos formandos da turma de Medicina de 1962 por ocasião de seu jubileu de prata, UFMG Homenagem dos formandos da turma Medicina de julho/1964, por ocasião de seu jubileu de prata, UFMG Troféu presidente Tancredo Neves, Jornal Edição do Brasil Homenagem Rotary Internacional Prêmio Jabuti 1993 na categoria de Livro Infantil ou Juvenil pela obra “O Velho da Montanha”, de 1992 Homenagem dos formandos da turma de Ciências Biológicas de 1994, UFMG Prêmio José Reis de Divulgação Científica, CNPQ Sexto prêmio Bom Sucesso das Artes Cênicas: maior público do teatro adulto em “Como sobreviver em festas e recepções com buffet escasso” Homenagem do Conselho Estadual de Política Ambiental do Governo de Minas Medalha Ciência Hoje Medalha de Ordem do Mérito Legislativo Municipal no Grau de Grande Mérito, Câmara Municipal de Belo Horizonte Edição especial da revista Lundiana (Internacional Journal of Biodiversity) sobre Ângelo Machado em comemoração ao seu aniversário de 70 anos Prêmio José reis de Divulgação Científica, CNPQ Membro da Academia Mineira de Medicina Homenagem da UFMG por ocasião do título de professor emérito 2004 Homenagem pelo jubileu de ouro do Show Medicina 2006 Prêmio Sempre Viva - Serra do espinhaço - Reserva da biosfera - UNESCO - MG Homenagem da Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais na comemoração do dia do Meio Ambiente, pelo reconhecimento de seus trabalhos 2007 Homenagem da Sociedade de Neuropsiquiatria de Minas Gerais Prêmio Hugo Werneck de Sustentabilidade e Amor à Natureza 2010 Homenagem dos formandos da turma de Ciências Biológicas de 2011, UFMG 2011 Diploma da Ordem Nacional do Mérito Científico na categoria de Grande Cruz, Presidente da República. Diploma da Ordem Nacional do Mérito Científico na categoria de Grande Cruz, Presidente da República. Prêmio Gestão Ambiental, Zeladoria do Planeta Medalha comemorativa 100 anos da Faculdade de Medicina UFMG Prêmio Novaes Ramires de Conservação da Natureza, Sociedade Brasileira de Zoologia 2012 Membro da Academia Mineira de Letras 2013 Homenagem do Seminário Educação Ambiental Rio 2012 Homenagem do Teatro Municipal Francisco Nunes em ocasião de sua reforma Medalha do Colégio Loyola em seus 70 anos de instituição Homenagem dos colegas da turma de Medicina de 1958, UFMG, pela posse na Academia Mineira de Letras Troféu Eunice Edilce Fernandes Destaque Educação e Cultura, Academia Mineira de Letras Prêmio Bom Exemplo, Categoria Ciência, TV Globo Minas, Fundação Dom Cabral e Jornal O Tempo 2015 Homenagem dos formandos da turma de Medicina de julho/2015, UFMG Primeiro prêmio Bicho do Mato Personalidade Ambiental 2016 2014 2017 Medalha Reitor Mendes Pimentel, 90 anos UFMG Homenagem da Fundação Biodiversitas em seus 25 anos Homenagem da SBPC, Sociedade Brasileira para o progresso da Ciência Título de Biólogo Honorário indicado pelo Conselho Regional de Biologia Título de Pesquisador Emérito do CNPq, CNPq 2018 Homenagem da Editora UFMG 2008 Membro da Academia Mineira de Medicina Homenagem dos formandos da turma de Ciências Biológicas de 2005, UFMG 1983 Honra ao Mérito, Sociedade Brasileira de Zoologia. Membro da Academia Brasileira de Ciências Primeiro prêmio SESC MG para Artes Cênicas 1996 Prêmio SESC-SATED de melhor texto de teatro infantil - O casamento da Ararinha Azul., SESC-SATED 1997 Prêmio Francisco de Assis Magalhães Gomes de Divulgação Científica, Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia de Minas Gerais Homenagem da Fundação Cultural dos professores de Minas Gerais, como filho ilustre de BH no aniversário de 100 anos da cidade 1998 Prêmio Henry Ford de Conservação do Meio Ambiente na modalidade contribuição individual, Ford do Brasil e o Conservation International. Homenagem do Instituto de Ciências Biológicas por ocasião de seu trigésimo aniversário Prêmio Personalidade Médica - Atividade Científica do ano de 1998 Homenagem pela fundação do Curso de Pós-graduação em Biologia Celular, por ocasião de seus 25 anos de curso” Medalha Comenda Verde Minas-Brasil, Organização Pacifista e Ambientalista - Paliber 1999 Homenagem Biodiversitas pelo importante papel na criação e consolidação da fundação Homenagem V Simpósio de Zoologia Sistemática
- O AMBIENTALISTA | Angelo Machado
O Ambientalista O amor a natureza, iniciado no quintal de sua casa, acompanhou toda a vida de Angelo. Conta ele que entrou para o movimento ambientalista por “egoísmo”, ao ver a cada ano menos mata e menos bichos na fazenda do seu pai, no Vale do Rio Doce. Foi um dos pioneiros na defesa do meio ambiente, quando a palavra conservacionista nem fazia parte do vocabulário. Em 1973, fundou o Centro para Conservação da Natureza em Minas Gerais cujas reuniões nas casas de seus membros pareciam verdadeiras guerrilhas contra indústrias que poluíam o ambiente e destruíam a natureza. Seus grandes amigos, Hugo Werneck e Célio Vale, fizeram parte ativa de toda a sua vida. Uma de suas maiores heranças foi a criação da Fundação Biodiversitas. A decisão de criar essa instituição sem fins lucrativos veio do grupo do Centro para a Conservação, para prover uma abordagem mais técnica na luta ambientalista. Participou como autor ou editor de importantes livros científicos voltados para a proteção ambiental, como o "Livro vermelho das espécies ameaçadas de extinção em Minas Gerais", "A lista vermelha da fauna brasileira ameaçada de extinção" e "Áreas prioritárias para conservação em Minas', todos focados na divulgação científica de espécies ameaçadas de extinção. Foi também presidente da Conservation International (CI) no Brasil, uma organização não governamental com alta penetração em todo o mundo e também no Brasil, atuando principalmente na área de conservação de ecossistemas. Angelo lutou muito para que houvesse maior institucionalização de regras ambientais por parte das instituições governamentais, tento atuando junto aos deputados da Assembleia Constituinte para auxiliar na formulação das atuais leis brasileiras. Seus esforços por meio das organizações em que atuou resultaram em maior conscientização da população sobre o problema. Nesse sentido, sua ação na divulgação da ciência foi fundamental. Foi um dos fundadores da revista Ciência Hoje da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e sempre buscou introduzir crianças e jovens aos estudos científicos, tendo como um dos passos fundamentais a idealização da revista Ciência Hoje Para as Crianças.
- O ESCRITOR | Angelo Machado
O Escritor Angelo conta que, quando se aposentou da Neuroanatomia e fez novo concurso para zoologia, transformou o hobby de sua vida em profissão. Brincava que um homem não deve viver sem hobby e, por isso, começou um novo: escrever livros infantis e peças de teatro. Vindo de uma família de escritores, e tendo toda sua vida usado de imaginação para criar e inspirar, a transformação do novo hobby em sucesso foi natural. Exemplos não faltaram: sua tia Lucia Machado de Almeida, sua prima Maria Clara Machado e seu tio Aníbal Machado, todos nomes importantes na literatura brasileira. Mesmo o pai, Paulo Machado, se aventurou nas letras escrevendo um livro, premiado na época, sobre sua infância “Menino Feliz”. Angelo brincava que o estranho era ter aparecido um cientista na família, não um escritor. A história de vida muitas vezes se expressa na vida literária e com Angelo não foi diferente. Seu primeiro livro, em 1989, e muitos que se seguiram, foi motivado pela natureza e pela necessidade de a proteger. “O menino e o rio”, um primor da literatura infantil, também educa. Conta Angelo que a primeira versão do livro ficou chata... Sem querer, ele usava linguagem científica. Mas resolveu contar a história, como tantas já havia contado, para uma criança imaginaria, usando um gravador, arma que utilizou para seus livros até o fim de seus dias. A versão gravada? Um sucesso! Angelo diz que sofreu preconceito em sua vida inicial de escritor por ser cientista... A primeira editora recusou “O menino e o Rio”. A justificativa: não servia como literatura porque ensinava coisas e não servia como ecologia porque tinha bicho que falava. Preconceitos superados com uma nova editora, hoje o livro tem mais de 25 edições e ainda é um dos livros infantis de maior sucesso da Editora Lê. Essa mistura fantástica de conhecimento cientifico com imaginação de escritor resultou em diversos momentos sublimes. Um deles a versão machadiana do “O Chapeuzinho Vermelho”, livro centenário e estudado cientificamente por Angelo como um dos pilares do medo infantil da natureza. Quem teme não protege, quem ama protege, era um dos lemas do divulgador de ciências. Pois bem, Angelo escreve “O chapeuzinho Vermelho e o lobo-guará”. Quem poderia dizer que lobos brasileiros preferem frutas a carne? Somente zoólogos. E agora? Qualquer criança que ler o livro e ver o lobo preferir uma melancia a comer a pobre menina. Essa genialidade foi agraciada com o Prêmio Adolfo Aisen de Literatura Infantil, da União Brasileira de Escritores, em 1995. Ganhou o prêmio Jabuti com o livro “O velho da montanha, uma aventura amazônica”. Ganhar esse prêmio em seu início de carreira como escritor foi um estímulo para saber que estava na direção correta, inovando a literatura brasileira. Nesse livro, trouxe conhecimentos da época em que viveu com os índios Tirió. Fez outros livros com cunho histórico como "O tesouro do quilombo", que recebeu o selo de Altamente Recomendável da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil e "Os fugitivos da esquadra de Cabral". Sua cara séria sempre contrastou com seu espírito divertido. Dizia Angelo que um dos segredos do humor é o contraste. Assim, ver Angelo contar histórias engraçadas, com aquela sua cara alvo de caricaturas e sua voz fanhosa por si só já valia o riso. Isso fez com que o humor também permeasse seus escritos. Escreveu o livro “Como sobreviver em festas com buffet escasso” um primor do humor, transformado depois em peça de sucesso nas mãos do artista Carlos Nunes. Publicou artigos e frases de humor em diversas revistas, tendo tido participação especial na revista “Bundas” capitaneada pelo amigo Ziraldo. Seu jeito espetacular chamou a atenção do humorista Jô Soares, em cujo programa esteve sete vezes, garantido boas risadas ao público como poucos convidados conseguiram. Angelo sempre reforçava o papel fundamental do escritor infantil: crianças que não aprendem a gostar de ler não vão ser adultos leitores. Um adulto leitor sempre vai dar chance a outro livro. Um livro infantil chato pode fazer com que a criança não mais queira ler. Angelo escrevia para fazer crianças gostarem de ler. Se aprendessem a amar a natureza enquanto liam era uma vantagem adicional. Com esse estilo único e inovador ao misturar literatura com ciência e ecologia de forma sutil – afinal, de acordo com ele, “criança não lê coisa chata” – publicou 45 livros que revolucionaram a literatura infantil. Fez por merecer sua indicação a Academia Mineira de Letras. Pela sua obra, recebeu o prêmio José Reis de Literatura e o reconhecimento do CNPQ como divulgador de ciências para crianças. Angelo continuou trabalhando até o final da vida, sua última obra o livro “O Tratado de Guerra”, para adultos, construído ao longo de anos durante as férias da família, foi publicado recentemente pelos filhos. Seu última obra inacabada, conta pérolas de suas viagens pela Amazônia e pelo mundo, com todo seu bom humor tão característico. Lista de Livros Infantis A barba do velho da barba A festa de aniversário da Aline A patinha feia A viagem de Tamar, a tartaruga verde do mar Chapéuzinho Vermelho e o lobo-guará Douradinho, douradão, rio abaixo, rio acima Estraladabão-tão-tão, o trovão Gente tem, bicho também: dente Gente tem, bicho também: garganta Gente tem, bicho também: língua Gente tem, bicho também: nariz Gente tem, bicho também: olho O boto e seus amigos O casamento da ararinha-azul: uma história de amor O dilema do bicho-pau O esquilo esquecido O livro do pé O menino e a rã O menino e o rio O ovo azul O quarto porquinho O rei careca O vô e o vento Que bicho fez o buraco? Que bicho será que a cobra comeu? Que bicho será que botou o ovo? Que bicho será que fez a coisa? Será mesmo que é bicho? Infantojuvenis A outra perna do Saci Cristovão e os grandes descobrimentos O tesouro do quilombo O tesouro do rei O velho da montanha: uma aventura amazônica Os fugitivos da esquadra de Cabral Adultos Livros científicos Borboletas eróticas Manual de sobrevivência em festas e recepções com bufê escasso O humor do show medicina O tratado de guerra Neuroanatomia funcional Livro vermelho das espécies ameaçadas de extinção em Minas Gerais A lista vermelha da fauna brasileira ameaçada de extinção Áreas prioritárias para conservação em Minas Peças de teatro Chapéuzinho Vermelho e o lobo-guará – a peça O casamento da ararinha-azul – a peça O menino e o rio – a peça O rei careca – a peça
- A Vida e Obra de Angelo Machado | Neurocientista, Escritor e Ambientalista
Angelo Machado Vida e Obra O NEUROCIENTISTA O ZOÓLOGO O AMBIENTALISTA O ESCRITOR O DRAMATURGO O PAI E AVÔ
- Filme Angelo | Angelo Machado
Filme Angelo Angelo Brasil, 2020, 28' Mariana Machado Retrato íntimo e multifacetado de Ângelo Machado: avô, cientista, professor, dramaturgo, escritor, ambientalista e zoólogo, estudioso de libélulas e borboletas. A obra ganhou segundo lugar de Melhor Filme pelo Júri Popular, em seu lançamento na Mostra Ecofalante de Cinema 2020, um dos festivais mais importantes da América Latina dedicado às questões socioambientais.